Clinicas Médicas Sobradinho DF

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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Doença do Refluxo Gastro-Esofágico - DRGE

    Por Dr. Reginaldo Costa Porto
Clinico e Gastroeterologista
 
 
Doença do Refluxo Gastro-Esofágico - DRGE
 
   Sinônimos e nomes populares:
Esofagite de refluxo, regurgitação e refluxo.

O que é?
É um conjunto de alterações no esôfago resultantes do refluxo (retorno) anormal do conteúdo estomacal, naturalmente ácido, para o esôfago.

Como se desenvolve ou como se adquire?
O esôfago do adulto é um canal de 35 a 40 cm, que liga a boca ao estômago. Ele é elástico e na espessura de sua parede contém camadas musculares recobertas internamente por uma delicada pele com o nome de mucosa, parecida com o revestimento da boca. O início do esôfago fixa-se na parte inferior da garganta, desce pelo mediastino e cruza o diafragma através de um orifício chamado hiato, poucos centímetros antes de se abrir no estômago. O mediastino é a região entre os dois pulmões e o diafragma; é uma calota muscular que divide o tórax do abdome. O esôfago tem ligamentos para prendê-lo junto ao hiato diafragmático e que contribuem para formar um tipo de válvula de retenção para impedir o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago.
Quando o esôfago desliza para cima mais que 2 a 3 cm., traciona o estômago e ambas as estruturas se deslocam para o tórax. Decorre dessa alteração anatômica a Hérnia Hiatal que, por sua vez, prejudica a válvula anti-refluxo. Quando o conteúdo do estômago, em geral muito ácido, atinge a mucosa esofágica, este tecido reage - inflama - originando a Esofagite de Refluxo.

O que se sente?
A azia é a principal queixa e raramente não ocorre. Seu nome técnico é pirose. Pode piorar, por exemplo, quando se dobra o peito sobre a barriga e quando se deita com o estômago cheio. É referida como ardência ou queimação, em algum ponto entre a "boca do estômago" e o queixo, correndo por trás do esterno, o "osso do peito". A azia pode ser tão intensa como uma dor no peito, causando impressão de infarto cardíaco. Pode ocorrer também um aumento da salivação, a sialorréia, que é um reflexo natural porque a deglutição dessa saliva alivia a queimação, como se fosse um antiácido natural.
A regurgitação é a percepção da volta do conteúdo estomacal no sentido da boca, sem enjôo ou vômito, freqüentemente, com azedume ou amargor. Não raro determina tosse, pigarro e alterações da voz. O engasgo - tosse forte e súbita, atrapalhando a respiração - pode despertar do sono e representar uma situação de refluxo gastro-esofágico. A ocorrência de falta de ar com chiado no peito, como a asma, pode ser desencadeada pelo refluxo.
Sensações, desde bola na garganta e desconforto ao engolir até fortes dores em aperto - espasmos - no meio do peito, representam uma desorganização das contrações faringo-esofágicas responsáveis por levarem ao estômago aquilo que ingerimos. Esses sintomas são considerados complicações do refluxo e levam o nome geral de dismotricidade esofágica.
Na criança, ainda no primeiro ano de vida, pode ocorrer um refluxo gastro-esofágico excessivo, levando à devolução da mamada, a engasgos, a choro excessivo, a sono interrompido e quando repetitivo, predispõe a infecções e distúrbios respiratórios.

Como o médico faz o diagnóstico?
O relato do paciente adulto jovem pode levar ao diagnóstico, sem necessidade de exames num primeiro evento.
A radiografia da transição esofagogástrica, enquanto se deglute um contraste rádio-opaco, pode demonstrar tanto a hérnia.
A Endoscopia Digestiva Superior é um exame para visualizar o esôfago, estômago e duodeno, passando um fino feixe de fibras óticas através da boca. A evolução da qualidade dos equipamentos, da eficiência da anestesia local da garganta, a eficácia e a segurança da sedação do paciente, tornaram a endoscopia um exame simplificado, do qual se acorda “sem ressaca”. Além disto, pode ser repetida para controle de resultado de tratamento e, mais recentemente, para procedimentos terapêuticos especiais. Uma tela recebe e amplifica com nitidez as imagens das áreas sob inspeção direta, permitindo também fotos e filmes para reexaminar os achados. Pode mostrar a incompetência da válvula de retenção gastro-esofágica e a hérnia. O mais importante é que permite ver manchas vermelhas, placas branquicentas e úlceras, principalmente na mucosa do esôfago inferior, sugestivas de graus variados da Esofagite de Refluxo. A endoscopia facilita a coleta de material destas lesões para exame microscópico, no qual se pode definir a inflamação, avaliar um potencial cancerígeno e até diagnosticar o câncer.
A Cintilografia do trânsito esôfago-gástrico é um método que tem sido usado mais na criança. Administra-se uma mamadeira normal, contendo uma quantidade inofensiva de substância radioativa. A cintilografia capta e registra imagens da radioatividade descendo para o estômago ou do estômago refluindo para o esôfago. É uma metodologia não invasiva, indolor e ambulatorial. Entretanto, nem sempre capta o refluxo, pois este não é permanente.
O estudo da pressão interna ao longo do esôfago (Manometria) e a verificação do refluxo da acidez do estômago para o esôfago (pHmetria de 24 horas) detectam variações naturais e anormalidades capazes de diagnosticar a DRGE. São métodos que chegaram à rotina clínica há relativamente poucos anos. Precisam ser usados quando os demais tem resultados insatisfatórios e para estudar parâmetros antes e depois do eventual tratamento cirúrgico da doença do refluxo.

Como se trata?
Em geral, o tratamento é clínico, com medidas educativas associadas aos medicamentos. A vídeo-laparoscopia vem facilitando o método cirúrgico, aplicado a casos selecionados, com resultados muito bons.
Além de combater a obesidade, é importante evitar grandes volumes às refeições e de deitar nas primeiras duas horas seguintes. Algumas pessoas beneficiam-se de dormir numa cama elevada pelos pés da cabeceira, em 20 a 25 cm. Outras, não se adaptam à posição: incham os pés, doem as costas, etc. Há controvérsias sobre restrição de diversos alimentos, particularmente, cítricos, doces e gordurosos. Ajudam no controle dos sintomas, algumas medidas, como: evitar a bebida alcoólica, não deglutir líquidos muito quentes, ingerir um mínimo de líquidos durante ou logo após as refeições, evitar a ingestão de chá preto e café puro com estômago vazio.
Os medicamentos mais usados são os que diminuem o grau da acidez no estômago (os populares antiácidos) e aqueles que inibem a produção de ácido pelas células do estômago ("antiácidos sistêmicos"). Outros remédios de um grupo chamado de pró-cinéticos destinam-se a facilitar o esvaziamento do conteúdo estomacal para o intestino, minimizando a quantidade capaz de refluir para o esôfago.
Uma queixa importante dos pacientes é a recidiva dos sintomas, particularmente da azia, poucos dias após o término dos medicamentos. Nesse momento, surge a questão do tratamento por tempo indeterminado ou do tratamento cirúrgico.
Vale dizer que o tratamento clínico combate muito bem os sintomas, mas não modifica a hérnia hiatal e poucas vezes muda o refluxo gastro-esofágico, propriamente dito.

Como se previne?
Na prática clínica há a prevenção da recidiva dos sintomas, que se resume no seguimento das medidas ditas educativas instituídas quando do primeiro tratamento.

Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Para que serve o tratamento?
Devo tomar os remédios mesmo quando estiver bem? E se estiver bem há muito tempo?
Se eu parar de tomar os remédios, os sintomas vão voltar?
O que faço quando acabar a receita?
A doença tem cura?
Vou precisar repetir exames? De quanto em quanto tempo?
O que faço se os sintomas piorarem durante o tratamento?
Posso precisar de cirurgia? Se operar vou ficar curado? A doença pode voltar?
Sou portador de “stent” arterial e recebo clopidogrel, posso usar omeprazol ao mesmo tempo?

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Constipação Intestinal

Dicas de saúde por Dr. Reginaldo Pôrto
Clinico Geral e Gastroenterologista.

Constipação IntestinalO que você precisa saber!O que é constipação intestinal?
Como Prevenir ou regularizar as funções intestinais?
  • Beba líquido em abundância. Inclua em sua dieta água e suco de fruta, na quantidade mínima de 2 litros diários.
  • Faça exercício. Comece andando, pedalando ou nadando durante 30 a 40 minutos, no mínimo 3 vezes por semana.
  • Vá ao banheiro sempre que sentir vontade de evacuar. Deixando para depois, frequentemente as fezes secam e endurecem, dificultando a evacuação.
  • Acrescente fibras á sua alimentação diária. As fibras aumentam o volume das fezes, ajudando o intestino a funcionar melhor e podem ser ingeridas através de alimentos ou medicamentos naturais, que devem ser utilizados de acordo com a orientação médica. Devemos ingerir diariamente cerca de 20 a 25 gramas diárias de fibra.
Fibras Solúveis-
  • Abacaxi, abóbora, abobrinha, ameixa, amora, aspargo,aveia em flocos, batata doce, brócules, cebola, cenoura, cereja, couve, couve-de-bruxelas, damasco, ervilha, farelo de aveia, feijão branco, feijão comum, laranja, melancia, milho, morango, pepino, pêra, pêssego, repolho.
Fibras insolúveis-

  • Abóbora, abobrinha, all-bran, amêndoa, arroz integral, aspargo, aveia,avelã, bagaço de laranja, beringela, broto de bambu, castanha,cebola, cebolinha, cereais integrais, coco, couve- flor, ervilha, farelo de arroz, farinha de trigo, feijão, frutas com casca, frutas secas, germe de trigo, grão de bico, lentilha,milho, nozes, pão integral, soja, vagem, verduras de folhas.


Um indivíduo apresenta constipação intestinal quando as contracções ou o ritmo natural do intestino ( em especial o cólon) estão alterado se o material residual( fezes) move-se de maneira muito lenta, ficando muito duro ou seco, passando a apresentar evacuação pouco frequentes.

HIV

Dicas de saúde

O teste Anti-HIV.

  • O teste torna-se importante devido ao grande número de pessoas infectadas que desconhecem sua situação sorológica. Torna- se necessário conhecimento da sua sorologia, assim como ter acesso ao tratamento que é de direito de todo o cidadão.
  • Diagnóstico é prevenção. Os brasileiros em sua maioria só realizam o diagnóstico cinco anos após a infecção. Durante esse período podem estar transmitindo o vírus involuntariamente.
  • Diante do diagnóstico a infecção, o tratamento pode ser iniciado garantindo maior qualidade de vida, pois diante do uso dos medicamentos adequados adoecem menos...
HIV, aids e DST devem ser diagnosticadas e tratadas prontamente. Procure um profissional da área de saúde e tenha sua vida com qualidade.

Gestantes


Olá, caro amigo! Hoje a postagem está sendo feita para as futuras mamães...
Para que seu filho nascer saudável proteja-se contra Sífilis.
Você pode ter e não saber.

Sífilis é uma doença que se pega nas relações sexuais e que pode passar da mãe para o bebê.

Se a Sífilis não for tratada durante a gravidez, você corre o risco de abortar, seu filho nascer doente doente ou antes do tempo.
Se você estiver com sífilis seu companheiro também tem que ser tratado.
Para seu filho nascer saudável, faça o pré-natal.
Você sabe o que é o Pré-Natal?
É o acompanhamento da mãe e do desenvolvimento do bebê durante a gravidez pelo médico e o enfermeiro.
Inicie seu Pré- Natal assim que houver atraso menstrual.
Toda mulher tem direito a pelo menos 6 consultas durante a gravidez.
O diagnóstico de sífilis é feito no pré- natal ou antes da gravidez.
O exame e o tratamento da sífilis são simples e rápidos.
 

Gestantes

Hoje, estaremos falando sobre as futuras mamães...
Nosso assunto será Toxoplasmose Gestacional Congênita.
Como evitar?

Toxoplasmose é causada por um parasita  (protozoário),chamado toxoplasma gondil.
Quais as formas de transmissão?
  • Comer carne crua ou mal cozida de animais infectados pela toxoplasmose.
  • Alimentos mal lavados contaminados pela fezes dos gatos com toxoplasmose
  • Da mãe infectada durante a gravidez para o feto. ( transplacentária).
  • Areia de parquinhos infantis, circo, jardim zoológico contaminado com fezes de Felídeos.
Quem deve ser tratado?
  • Gestante, se na fase aguda da toxoplasmose(infecção recente).
  • Infecção em indivíduos imunodeprimidos.
  • Coroidorretinite ativa.
  • toxoplasmose congênita.
Só é transmitida para o recém- nascido se a gestante adquire a doença durante a gravidez ( fase aguda). Se a gestante já teve toxopasmose antes de engravidar ou em gravidez anterior, não há mais perigo para o bebê.
Importantes:Sempre verificar o cartão de gestação anteriores.
Anotar os resultados de exame no cartão da gestante, pois o recém- nascido será medicado n primeiro mês. Isso evita sequelas no bebê .
Manejo da gestante com toxoplasmose
A- Ausência de anticorpos antitoxoplasma gondii
Repetir exames sorológicos para toxoplasmose bimestralmente.
Orientação higiênico- dieteicas: Não comer carne crua ou mal cozida; lavar bem frutas e verduras; só ingerir leite, queijo e linguiças industrializados; Evitar locais que possam conter fezes de gato como areia de parques infantis. Usar luvas ao manusear terra.
B- IgM negativo e IgG positivo infecção crônica Pregressa Não necessita de repetição de sorologia para toxoplasmose.
C- IgM positivo e IgG positivo suspeita de infecção aguda
Situação de risco fetal de infecção congênita. Quando IgM com ìndice índice mair que 3,5 a suspeita de infecção aguda é forte.
Teste de avidez de IgG( LACEN-DF) ùtil no início da gestação para avaliar a época provável de infecção pois discrimina infecção ocorrida mais de 3 meses.
Toda gestante deve procurar o médico para ser acompanhada...